Início do dia. O responsável pelo almoxarifado da fábrica se prepara para iniciar sua rotina de trabalho quando vê surgir no balcão que comunica o setor com a área de produção aquele Comprador “gente fina” e falastrão. Depois de conversarem alguns minutos sobre a rodada de futebol da noite anterior, o Comprador pede a ele 5 amostras de uma determinada peça usada na produção, para poder leva-la a um novo fornecedor que está desenvolvendo, por um preço bem melhor que o atual. O rapaz do almoxarifado se prontifica a atender o pedido e pede para o Comprador o formulário apropriado, com as aprovações de praxe, para separar o material e mandar tirar a nota fiscal de remessa de amostras. O Comprador muda de semblante na hora e esbraveja:

“ – Nota fiscal? Você está doido? Você sabe muito bem que ninguém consegue fazer aqueles preguiçosos do faturamento tirarem uma Nota Fiscal em menos de meio dia. Eu estou saindo agora e preciso das peças. Dá teu jeito ai! As peças são pequenas e não são caras. Me passa aqui que enfio na pasta e ninguém vai ver. Não precisa de NF. “

Intimidado pela pressão do Comprador e ponderando que, realmente, o valor monetário era pequeno, ele acaba cedendo as 5 peças como amostra para o Comprador, sem seguir o procedimento.

O que houve de errado neste processo? Quais as consequências?